Com a possibilidade de gerar renda passiva adicional, a custódia remunerada tem atraído a atenção de investidores que buscam maximizar a rentabilidade de seus ativos. Mesmo sem vender ou movimentar os papéis, como ações de alta liquidez ou títulos públicos, é possível obter ganhos ao permitir que instituições financeiras utilizem esses ativos sob contratos e garantias específicas.
De acordo com especialistas, o processo é mais comum entre investidores que priorizam ganhos com dividendos e não pretendem se desfazer dos ativos. Lucas Sigu Souza, sócio-fundador da Ciano Investimentos, explica que os bancos tomadores vendem os investimentos mesmo sem tê-los em carteira, apostando na recompra a preços mais baixos no futuro. Em troca, pagam um valor de “aluguel” aos proprietários dos papéis.
O perfil do investidor também influencia na decisão de adotar a custódia remunerada. Perfis moderado e arrojado, geralmente com carteiras diversificadas, tendem a se beneficiar mais da prática, segundo o analista da Ouro Preto. Investidores conservadores também podem aproveitar a modalidade, desde que analisem cuidadosamente as garantias oferecidas.
Para Gustavo Jesus, sócio da RGW Investimentos, a custódia remunerada é especialmente indicada para quem mantém uma estratégia de longo prazo. Já investidores que realizam movimentações frequentes podem encontrar obstáculos, como travas operacionais ou dificuldades de liquidez, caso os ativos estejam alugados no momento da venda.
Por fim, especialistas alertam que a viabilidade da custódia remunerada depende da instituição financeira escolhida e da demanda pelos ativos. Quanto maior a procura, maior a possibilidade de rentabilidade para o investidor.